pela imobilidade incrível desta hora
pela imobilidade incrível desta hora,
dir-se-ia que o planeta aqui cristalizoupois nesta praia imensa intensa onda é sobra
do que ficou de um homem primitivo e bom:
o seu frugal aspecto. A lentidão astral
de sua inteligente mão e de seu gesto,quando ambos em repouso. O cúmplice sinal
comparticipativo de seu próprio sexo.
O corpo sim. Aqui nesta verdade inteira
de não ser nunca o quase ou lhe ficar à beira,
como algo que é demais. Seu limite. Seu estorvo.
O corpo sim. Real em dimensão também.
Vestido só de pele. De argila revestido.
No absoluto da pura forma que o contém.
Maria da Graça Varella Cid
Sem comentários:
Enviar um comentário