terça-feira, 16 de outubro de 2007
'Ir à Índia Sem Abandonar Portugal'
[...]O QUE SE DEVE é chegar a outra coisa muito importante: à liberdade cultural de cada homem! Já não se trata de esta região ou aquela ser desta ou daquela maneira: trata-se de ser à sua maneira cada pessoa! Temos de levar o mundo a um tal tipo de organização que permita a identidade cultural de cada homem, sem sofrer nenhuma espécie de atrpelo. A liberdade cultural do Minho, ou da Catalunha, ou da Andaluzia, ou de qualquer coisa dessas, é apenas um degrau para passarmos ao último andar da casa, que é cada homem ter a sua plena liberdade cultural! Como se costuma dizer, fazer aquilo que lhe der na cabeça, ou no coração, ou nos pés, se preferir andar. Rumar exactamente como quizer rumar; e o mundo estar organizado de tal maneira que daí não resulte o caos, mas uma nova espécie de cosmos, isto é, uma espécie de nova ordem.[...]
Agostinho da Silva
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