quinta-feira, 11 de outubro de 2007


O recorte de um cão, na areia, ao luar.
Seu passo imprime
O cuidado miúdo e honesto de passar.
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Mas que tristeza oprime
Tanto cão que vai uivar a tanta eira?
Que longo e liso, o fio da noite!
-E amar, esperar desta maneira!
.
Numa cidade deserta
(Tavez outra, ou Nínive)
Encontrei um anel, uma oferta,
Da vértebra de um cão,
Para uma mulher que já não vive.
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Mas tudo isso foi vão,
E até nem sei se esse osso tive.

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