Lisboa, Calçada de S. Francisco Subindo pelas cinco horas a Calçada de S. Francisco, em tarde de bruma e versos na Calçada de S. Francisco, partindo do que não sei na Calçada de S. Francisco, e sabendo onde não chego na Calçada de S. Francisco, subindo na tarde deserta a Calçada de S. Francisco, só eléctricos e pombas na Calçada de S. Francisco, estranhando o que não estranho na Calçada de S. Francisco, e pensando no que não penso na Calçada de S. Francisco, subindo pelas cinco horas a Calçada de S. Francisco, subindo e ninguém descendo a Calçada de S. Francisco, sem eventos para as metáforas na Calçada de S. Francisco, tiro do bolso a própria tarde. Na Calçada de S. Francisco, onde a realidade mudou e já nada acontece, e já não é a Calçada de S. Francisco mas a Rua Ivens ou outra rua do Chiado sem meditação ou moralidade.
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terça-feira, 22 de abril de 2008
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