quarta-feira, 22 de setembro de 2010


Metafísica da Malva

Imaginava que as arestas das grandes folhas 
esmaeciam e que a malva odorífera 
era o coração verde mais vivo 
entre as plantas daqueles campos. 
Campos que em si 
esmaeciam também na luz jacente celeste 
espalhada pelo chão sem fim. 
Céu inteiro no mundo sem diferença. 
Folhagem a ser imaginada somente, 
depois de a ver e apalpar o poeta, 
guardada no coração para a rever. 

Fiama Hasse Pais Brandão, in "Três Rostos - Arómatas"



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