domingo, 1 de agosto de 2010

Certeza Única é o Mal Presente Pois que nada que dure, ou que, durando, Valha, neste confuso mundo obramos, E o mesmo útil para nós perdemos Connosco, cedo, cedo. O prazer do momento anteponhamos À absurda cura do futuro, cuja Certeza única é o mal presente Com que o seu bem compramos. Amanhã não existe. Meu somente É o momento, eu só quem existe Neste instante, que pode o derradeiro Ser de quem finjo ser? Ricardo Reis, in "Odes"

Sem comentários: