Saímos dos ruídos do inverno
Saímos dos ruídos do inverno e saímos do frio em que dormimos e dormimos ainda ainda temos sono igual ao inverno e nada se mudou senão a luz a saída da luz que se esforçava no calor do rio por achar o motor da sua húmida súbita madrugada ali contida no silêncio do rio na ferida por onde pôde a árvore evadir-se da luz e nada se mudou somente um rasgo de claridade no clarão da água rompeu do rio de súbito o motor
Gastão Cruz
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