sábado, 12 de setembro de 2009

A minha morte, não ta dou.

A minha morte, não ta dou. De resto, tiveste tudo - a flor, a sesta, o lusco-fusco, a inquietação do dia 8, as órbitas das mães, das mãos, das curiosas palavras de não dizer nadinha. Tudo tiveste: estás contente?

Feliz assim por teres tudo o que sou? Feliz por perderes tudo o que sei?

Só não te dou o que não serei. Não, a minha morte, não ta dou. Pedro Tamen

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