sábado, 29 de agosto de 2009
Destino
à ternura pouca
me vou acostumando
enquanto me adio
servente de danos e enganos
vou perdendo morada
na súbita lentidão
de um destino
que me vai sendo escasso
conheço a minha morte
seu lugar esquivo
seu acontecer disperso
agora
que mais
me poderei vencer?
Mia Couto, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"
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2 comentários:
Lindo o poema... Colei no meu blog... rs
Não briga comigo. rs
Ainda bem que gostou e passou a palavra!
A ideia é mesmo essa.
Obrigada.
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