sábado, 18 de abril de 2009

Explicação da Ausência Desde que nos deixaste o tempo nunca mais se transformou Não rodou mais para a festa não irrompeu Em labareda ou nuvem no coração de ninguém. A mudança fez-se vazio repetido E o a vir a mesma afirmação da falta. Depois o tempo nunca mais se abeirou da promessa Nem se cumpriu E a espera é não acontecer — fosse abertura — E a saudade é tudo ser igual. Daniel Faria, in "Explicação das Árvores e de Outros Animais"

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