sexta-feira, 16 de julho de 2010

[Andar? Não me custa nada!...] Andar? Não me custa nada!... Mas estes passos que dou Vão alongando uma estrada Que nem sequer começou. Andar na noite?! Que importa?... Não lenho medo da noite Nem medo de me cansar; Mas na estrada em que vou. Passo sempre a mesma poria... E começo a acreditar No mau feitiço da estrada: Que se ela não começou Também não foi acabada! Só sei que, neste destino, Vou atrás do que não sei... E já me sinto cansada Dos passos que nunca dei.
Natália Correia

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