quinta-feira, 15 de julho de 2010

Cântico da Manhã

Que alvor, que amar, que música, Nos céus, em mim, no ar! A festa da existência Me vem ressuscitar! Nasço a cantar com os pássaros! Surjo a brilhar com a luz! Envolta em rosas cândidas Ledo retomo a cruz!

Fonte de Ser! Espírito! Mistério criador! Eis-me! saí dum túmulo, Como da terra a flor. Eis-me! eu te escuto. Emprega-me. Senhor, que vou fazer? «Ama» bradou a voz íntima, «Amar cifra o dever»

António Feliciano de Castilho

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