quinta-feira, 9 de julho de 2009

Dava a última camisa por um poema Dava a última camisa por um poema. Domingo ao fim da tarde só restam cinzas. Todos. Tudo inteiramente consumido. Tudo,o quê? Segunda, sobrava alguma palavra intacta na lareira? Terça tão comprida como um ano quarta, outra vez a esperança Não, sem poema não se pode viver! Quinta a memória entra em pânico A pouca claridade que restava anoiteceu também na sexta as vagonetas com o meu minério perdem-se no túnel. Sábado: trabalho em vão! Domingo tudo recomeça e voltava a dar a última camisa por um poema Ján Kostra

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