Depois de ter andado bastante tempo de um lado para o outro,voltou a casa, já com 50 anos.
Trazia um bicho. Uma panterasinha negra de seis meses, cheia de ternura, amizade e dentes.
Então resolveu ficar sentado, olhando a televisão, os livros, alguma música e várias bebidas.
Três anos depois ou talvez um pouco mais, não estou certo, alguns amigos acharam graça ir visitá-lo.
Foram.
Bateram à porta.
Aparecerem dois meninos a abri-la. Dois meninos escuros, com dentes eficazes e sorriso amigo.
Rosnavam ternamente.
Mário Henrique Leiria
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