terça-feira, 13 de outubro de 2009

Olhos Suaves, que em Suaves Dias Olhos suaves, que em suaves dias Vi nos meus tantas vezes empregados; Vista, que sobra esta alma despedias Deleitosos farpões, no céu forjados: Santuários de amor, luzes sombrias, Olhos, olhos da cor de meus cuidados, Que podeis inflamar as pedras frias, Animar cadáveres mirrados: Troquei-vos pelos ventos, pelos mares, Cuja verde arrogância as nuvens toca, Cuja horrísona voz perturba os ares: Troquei-vos pelo mal, que me sufoca; Troquei-vos pelos ais, pelos pesares: Oh câmbio triste! oh deplorável troca! Bocage, in 'Rimas'

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